Em meio a uma temporada turbulenta, o Paysandu se prepara para enfrentar o Criciúma, líder da Série B, no próximo domingo. A partida, válida pela 29ª rodada, acontece no estádio Heriberto Hulse. A situação do clube é crítica: lanterna da competição, com apenas 22 pontos conquistados em 28 jogos, as chances de rebaixamento são de 98%, segundo estatísticas. Para alcançar os 45 pontos considerados seguros para evitar a queda, o time precisa somar 23 dos 27 pontos restantes.
Apesar do cenário desanimador, o meio-campista Gustavo Nicola mantém a esperança. Ele pode ocupar a vaga de Leandro Vilela, capitão da equipe que se lesionou. Nicola já vivenciou um rebaixamento este ano, quando jogava no CSA, mas demonstra otimismo e acredita no potencial do time.
“Tenho certeza que dá. Os últimos dois jogos mostram isso. Contra o Goiás, teve um pênalti claro que não foi marcado, o que mudaria o rumo da partida. Contra o Novorizontino, marcamos um gol que foi anulado”, argumenta o jogador.
O Paysandu foi derrotado nos minutos finais das últimas duas rodadas contra Goiás e Novorizontino. Nicola acredita que a diferença está nos detalhes e que o time precisa evoluir nesse aspecto para voltar a vencer após 11 jogos sem vitória.
“Os dois jogos foram decididos no detalhe. Se continuarmos assim e melhorarmos a tomada de decisão no último terço do campo, teremos chances de ganhar”, afirma. Questionado sobre a probabilidade de rebaixamento, Nicola prefere acreditar no improvável, lembrando de sua experiência no CSA.
“No futebol, nada é impossível. No CSA, não ficamos nenhuma rodada na zona de rebaixamento e, na última rodada, fomos rebaixados. Outros times em situação semelhante à do Paysandu conseguiram se livrar. Precisamos nos apegar ao que é bom, trabalhar e corresponder dentro de campo”, declarou.
Sobre o confronto com o Criciúma, Nicola acredita que o adversário entrará em campo com cautela. “O Criciúma estará ligado, pois sabe que, se começarmos fortes e marcarmos um gol, daremos a vida para não perder a partida lá”, disse.
Com a ausência de Leandro Vilela, a responsabilidade no meio-campo pode aumentar para Nicola, que afirma estar preparado para o desafio. “Vilela é um grande jogador, nosso líder e capitão. Fiquei chateado com a lesão, mas tenho treinado e espero corresponder à altura, se for escolhido”, afirmou.
O jogador também elogiou o trabalho do técnico Márcio Fernandes, que retornou ao clube para tentar repetir o feito do ano passado, quando conseguiu evitar o rebaixamento da equipe.
“O professor Márcio tem grandes ideias, como provou no ano passado, quando salvou o time. Acredito que ele tem trabalhado variações nos treinos e que isso dará certo. Conseguiremos as vitórias para livrar o time”, finalizou Nicola.
Fonte: www.oliberal.com
