Pará não registra casos de intoxicação por metanol, diz sespa

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Saul Anjos
Saul Anjos

O estado do Pará permanece sem notificações de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). A informação foi divulgada neste sábado, e a secretaria reforçou que também não houve registros de óbitos relacionados à substância no estado. A nível nacional, o número de casos suspeitos já chega a 127.

Em comunicado, a Sespa garantiu que “mantém vigilância permanente em conformidade com as diretrizes do Ministério da Saúde, atuando de forma integrada com os diferentes níveis de gestão do SUS, órgãos de controle e a sociedade civil, para prevenir e detectar precocemente qualquer ameaça à saúde pública”. A secretaria enfatizou a importância do envolvimento dos profissionais de saúde, da fiscalização sanitária e da conscientização da população, com foco na vigilância ativa e na prevenção de intoxicações por metanol.

O ministro da Saúde, durante pronunciamento também no sábado, informou que o número de casos confirmados não apresentou aumento, enquanto o de casos suspeitos segue em elevação, atingindo 12 estados brasileiros. O ministro recomendou à população que evite o consumo de bebidas alcoólicas nos próximos dias, especialmente destilados em garrafas fechadas com rosca.

Para enfrentar a crescente preocupação com as intoxicações, o governo federal anunciou medidas. Alexandre Padilha, ministro da Saúde, informou que existem 604 farmácias de manipulação habilitadas a produzir o etanol farmacêutico, antídoto utilizado nesses casos, sob recomendação médica.

O governo adquiriu 12 mil ampolas do antídoto, que serão distribuídas aos Centros de Referência de Toxicologia em todo o país. Adicionalmente, foram adquiridos 2.500 tratamentos de fomepizol, outro antídoto para o metanol, através da Organização Pan-Americana de Saúde, com previsão de chegada dos medicamentos na próxima semana.

Aos profissionais de saúde, tanto da rede pública quanto da privada, a recomendação do ministro é de que notifiquem imediatamente qualquer suspeita clínica de intoxicação. Após o registro do caso, o Centro de Referência de Toxicologia do estado oferecerá suporte técnico para a condução adequada, orientando sobre o cumprimento do protocolo do Ministério da Saúde.

A notificação precoce, mesmo em casos suspeitos, é crucial para rastrear o local de consumo da bebida e identificar rapidamente o ponto de aquisição, auxiliando na resposta sanitária, explicou Padilha. O metanol, utilizado como matéria-prima para combustíveis e impróprio para consumo humano, estaria sendo empregado na falsificação de bebidas alcoólicas.

Para se prevenir, é importante verificar a origem do produto, certificando-se de que o lacre da embalagem esteja intacto; desconfiar de preços muito abaixo do mercado e pontos de venda informais; verificar as embalagens e recusar aquelas com rótulo mal impresso ou com erros, além da ausência de CNPJ, lote ou data de validade; e ficar atento a características atípicas na bebida, como odores estranhos, cores e consistência incomuns. Ao notar alguma diferença, não se deve realizar testes caseiros, como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida, pois essas práticas não são seguras nem conclusivas. Em bares e restaurantes, havendo desconfiança, é válido solicitar que o garçom sirva a bebida na presença do consumidor.

Embora sintomas como náuseas e vômitos possam ser confundidos com os de uma ressaca comum, eles costumam se manifestar de forma mais intensa em casos de intoxicação por metanol. Ao sentir qualquer sinal, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente.

Fonte: www.oliberal.com

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