Belém se prepara para inaugurar um novo marco cultural no próximo sábado, dia 4 de outubro: o Museu das Amazônias. Localizado no Porto Futuro II, no bairro do Reduto, o espaço promete ser um centro de referência em práticas museológicas inovadoras e inclusivas, celebrando a diversidade e a riqueza do maior bioma tropical do planeta.

Este museu é parte do legado do Governo do Pará para a COP30 e se destaca como um dos principais equipamentos culturais da região, consolidando o papel da Amazônia nos debates globais sobre sustentabilidade.

O Museu das Amazônias inicia suas atividades com duas exposições marcantes. No térreo, os visitantes poderão apreciar a exposição internacional “Amazônia”, do renomado fotógrafo Sebastião Salgado. A mostra reúne cerca de 200 imagens em preto e branco, resultado de sete anos de expedições pela floresta. Após passar por cidades como Paris, Londres, São Paulo e Rio de Janeiro, a exposição chega pela primeira vez ao Norte do Brasil.

No mezanino, a exposição “Ajurí” foi criada especialmente para o novo museu. Inspirada no conceito indígena de mutirão e colaboração, ela apresenta oito instalações que utilizam materiais típicos das Amazônias, como fibras de coco, taboa e miriti. Um dos destaques é um móbile com mais de 1.500 animais de miriti, confeccionados por artesãos de Abaetetuba.

A exposição “Ajurí” conta com a participação de diversos artistas, incluindo Carina Horopakó (AM), Evna Moura (PA), Karla Martins (AC), Paulo Desana (AM), PV Dias (PA), Roberta Carvalho (PA), Valdeli Costa (PA) e Will Love (PA), além de nomes de projeção nacional como Estêvão Ciavatta (RJ), Gabriel Kozlowski (SP) e Wesley Lee (SP).

O Museu das Amazônias oferece dois amplos espaços expositivos, com 950 m² e 500 m², além de uma loja, uma sala multiuso com capacidade para 130 pessoas e uma sala educativa. O projeto é fruto de um extenso processo de consulta com representantes da Pan-Amazônia, envolvendo pesquisadores, comunidades tradicionais e instituições científicas.

A curadoria é liderada por Francy Baniwa, antropóloga e cineasta indígena; Joice Ferreira, ecóloga da Embrapa Amazônia Oriental; e Helena Lima, arqueóloga do Museu Goeldi. O objetivo central é valorizar tanto o conhecimento científico quanto os saberes ancestrais.

O Museu das Amazônias está localizado no Armazém 4A do Complexo do Porto Futuro II, no bairro do Reduto, em Belém. O horário de funcionamento é de quinta a terça-feira, das 10h às 18h (última entrada às 17h). As quartas-feiras serão dedicadas à manutenção. A entrada é gratuita até fevereiro de 2026. Entre os dias 4 e 10 de outubro, o museu terá um horário especial de funcionamento, das 10h às 20h. Nos dias 11 e 12 de outubro, o espaço estará fechado devido ao Círio de Nazaré.

Fonte: www.oliberal.com