O Rio de Janeiro sedia hoje o Primeiro Seminário Brasileiro de Museologia de Terreiro, um evento que congrega gestores, pesquisadores, professores e lideranças religiosas de todo o país. A Superintendência do Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é o local escolhido para sediar o seminário, que é fruto de uma colaboração entre a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, o Ilê Omolu Oxum e a Defensoria Pública da União.
Ao longo do dia, temas cruciais para a preservação e valorização da cultura afro-brasileira serão abordados. A programação inclui discussões sobre a preservação do sagrado e o combate ao racismo religioso, o fortalecimento do patrimônio cultural de terreiro, os cuidados específicos com a vestimenta dos santos, além de aprofundamentos sobre a própria Museologia de Terreiro.
Um dos pontos altos do evento é o lançamento do primeiro mapeamento nacional de museus de terreiros de Umbanda e Candomblé, um marco para a visibilidade e o reconhecimento desses espaços de memória. A partir desse mapeamento, que já identificou 32 museus, será criada a Rede Nacional de Museus de Terreiro, visando fortalecer a colaboração e o intercâmbio entre essas instituições.
O seminário se estende até às 18h e promove ainda debates sobre a preservação da memória e do patrimônio cultural afro-brasileiro nos terreiros, estratégias de enfrentamento ao racismo religioso e reflexões sobre os acervos tombados pelo Iphan, que abrigam objetos sagrados e históricos das religiões de matriz africana. O evento está sendo transmitido ao vivo pelos canais do Iphan e da Unirio no YouTube.
