Governador lança fórum sobre futuro da amazônia com fafá de belém

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O governador do Pará, Helder Barbalho, inaugurou o III Fórum Varanda da Amazônia, um evento que reúne especialistas e líderes para discutir o futuro da região amazônica. A cantora Fafá de Belém, idealizadora da iniciativa, também participou da abertura no Teatro Maria Sylvia Nunes.

Durante o evento, Helder Barbalho enfatizou a importância da Amazônia na condução dos debates globais sobre as mudanças climáticas. Ele ressaltou que a COP 30, sediada em Belém em novembro de 2025, representa um momento crucial para o Brasil e para o mundo no que diz respeito às questões ambientais.

O governador afirmou que o Pará tem apresentado resultados consistentes, tanto na modernização urbana de Belém quanto na criação de uma nova economia sustentável baseada na preservação da floresta. Ele citou como exemplos a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Una, recentemente inaugurada, e o Porto Futuro, que abriga o Museu das Amazônias, a Caixa Cultural e o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, com inauguração também nesta terça-feira (7).

Ao destacar o Parque de Bioeconomia, Helder Barbalho o classificou como um marco global na transição para uma economia verde, unindo ciência, tecnologia e conhecimentos tradicionais. Ele reforçou que o parque demonstra a viabilidade de conciliar desenvolvimento e preservação ambiental, gerando empregos, renda e impulsionando negócios sustentáveis na região.

O parque, instalado nos Armazéns 5 e 6 do Porto Futuro, ocupa uma área de 6 mil m² e abriga laboratórios de inovação, startups e espaços de pesquisa dedicados à industrialização de produtos da biodiversidade, como açaí e tucupi, com certificação sanitária e aptidão para exportação.

Helder Barbalho enfatizou a necessidade de inverter a lógica de que a floresta em pé tem menos valor do que a floresta derrubada. Segundo ele, a floresta viva precisa gerar valor, e o Estado está trabalhando para transformar a biodiversidade em desenvolvimento, a ciência em oportunidade e o conhecimento em futuro.

O governador explicou que o Estado está estruturando um mercado jurisdicional de carbono, com distribuição direta de receitas entre produtores e comunidades que preservam áreas florestais. Os recursos públicos serão direcionados para a redução do desmatamento e a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.

Ele esclareceu que o Estado não está vendendo a floresta, mas valorizando o serviço ambiental que ela presta. Helder Barbalho argumentou que o modelo industrial tradicional emite carbono, enquanto o modelo sustentável para o qual o estado está trabalhando, captura carbono, e o mundo precisa compensar financeiramente por isso.

Helder Barbalho também destacou que a sustentabilidade deve ser social, alertando que a preservação só será efetiva se gerar renda e dignidade para as populações que dependem da floresta. “Não há floresta em pé se houver fome. Sustentabilidade que não considera as pessoas é discurso vazio”, afirmou.

Fafá de Belém, anfitriã do evento, celebrou os 15 anos da Varanda de Nazaré e destacou a importância de realizar o fórum às vésperas da COP 30, momento em que a atenção global se volta para a Amazônia. “A Varanda nasceu de um olhar sobre essa terra e esse povo. Hoje, ela é um chamado para que o Brasil e o mundo nos escutem. Sem o amazônida, a floresta não respira. E sem cultura, fé e pertencimento, não há Amazônia viva”, disse a artista.

O Fórum Varanda da Amazônia, com o tema “O futuro da Amazônia é agora”, reúne pesquisadores, lideranças e representantes de instituições como IPAM, Embrapa, ICMBio, Observatório do Clima, SOS Mata Atlântica, Consórcio Amazônia Legal e Voz dos Oceanos.
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Fonte: www.oliberal.com

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