Belém sedia torneio de robótica com foco em sustentabilidade amazônica

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Jovens talentos da robótica se reuniram neste sábado em Belém para o Torneio Brasil de Robótica (TBR) – Etapa Região Norte. O evento, que aconteceu na Estação das Docas, recebeu estudantes de 5 a 19 anos, que apresentaram projetos inovadores voltados para a sustentabilidade e o futuro da Amazônia. Com entrada franca, o torneio evidenciou a importância da ciência, tecnologia e meio ambiente na educação dos jovens da região.

Organizado pela R2E – Regional Norte, o TBR deste ano teve como tema central “Vida Terrestre”, inspirado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Os projetos desenvolvidos pelos alunos abordaram a preservação de ecossistemas, o combate à caça ilegal, a proliferação de espécies invasoras e a recuperação de áreas degradadas. As propostas apresentadas demonstraram a conexão dos estudantes com a realidade amazônica e com os desafios que serão tema da COP 30, que será sediada em Belém em 2025.

Para Andrea Tuma, representante regional do TBR, o torneio transcende a competição de robôs, servindo como um espaço de aprendizado com potencial para transformar o futuro dos participantes. Ela destacou que os projetos apresentados pelos jovens têm impacto real na sociedade. Andrea Tuma ressaltou a ligação entre o torneio e a agenda global de sustentabilidade, afirmando que os estudantes estão trazendo discussões importantes sobre o clima e a preservação ambiental, temas centrais da COP 30.

Yan Melo, coordenador geral do evento, enfatizou que a dinâmica da competição vai além da construção dos robôs. Segundo ele, cada equipe precisa apresentar projetos alinhados ao tema, programar um robô, desenvolver estratégias e apresentar aos juízes a organização e o planejamento por trás do projeto.

O Torneio Brasil de Robótica, que existe desde 2010, já impactou mais de 100 mil crianças em todo o Brasil. No Pará, a competição acontece desde 2018 e tem crescido a cada edição. Andrea Tuma acredita que esse crescimento mostra o potencial da robótica educacional para abrir portas para os jovens.

Isabel Vitória Coutinho Miranda, estudante de 15 anos da equipe Rua das Águas, ressaltou a importância do tema escolhido para o torneio deste ano. Ela explicou que o projeto de sua equipe valoriza o trabalho dos artesãos ribeirinhos, mostrando como eles utilizam matérias-primas naturais para produzir utensílios e biojoias, gerando renda extra.

João Lucius de Abreu Rosa, estudante de 17 anos do Colégio Militar de Belém, destacou a relevância de participar de um evento que incentiva o trabalho científico e o cuidado com o meio ambiente. Seu projeto consiste em um mini reator que produz biofertilizante a partir da compostagem de matéria orgânica, com o objetivo de auxiliar na recuperação de solos degradados.

Sarah Diniz, estudante de 10 anos da equipe X-Perts, explicou que seu projeto adaptou o “matapi”, um instrumento de pesca utilizado pelos ribeirinhos para capturar camarões, com sensores de cor, infravermelho e movimento para identificar os animais. A equipe também criou um aplicativo chamado Macrodex, inspirado na Pokédex do Pokémon, para auxiliar no registro de espécies e na comunicação com órgãos ambientais.

Aline Galvão, mãe do estudante Arthur Galvão, acompanhou a participação do filho e enfatizou a importância do evento, que aborda temas como natureza, planeta e preservação da vida, além de estimular o empreendedorismo.

Fonte: www.oliberal.com

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