O ciclo da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 se encerra nesta noite, às 20h30 de Brasília, em El Alto, diante da Bolívia. A campanha, iniciada em setembro de 2023 com uma vitória por 5 a 1 em Belém, no Mangueirão lotado, foi marcada por momentos de destaque e desafios.
Na partida inaugural, sob o comando de Fernando Diniz, Neymar alcançou a marca de 79 gols, tornando-se o maior artilheiro da história da Seleção, e o clima era de otimismo. Dois anos depois, a equipe busca evitar seu pior desempenho em Eliminatórias, mesmo já classificada para o Mundial.
Entre a estreia no Pará e a etapa final na Bolívia, a Seleção passou por mudanças significativas. O comando técnico foi alterado três vezes, com Diniz sendo substituído por Dorival Júnior e, posteriormente, por Carlo Ancelotti. Cada transição trouxe ajustes, mas também instabilidade, principalmente com a ausência de Neymar.
Nomes cotados para assumir o protagonismo, como Vini Jr. e Rodrygo, ainda não demonstraram o desempenho esperado com a camisa da Seleção, reforçando a busca por uma identidade consistente. Os dois jogadores sequer participarão da última rodada.
Até o momento, o Brasil acumula 28 pontos, com um aproveitamento de 54,9%, o menor desde que as Eliminatórias passaram a ser disputadas no formato de pontos corridos. A derrota por 4 a 1 para a Argentina, em março, representou a mais expressiva da Seleção na competição, além da primeira derrota em casa.
Com Ancelotti no comando, a equipe esboçou uma reação, vencendo duas partidas sem sofrer gols, o que indica melhorias defensivas e um maior equilíbrio tático. O confronto contra a Bolívia representa um momento importante, com um significado que vai além da classificação.
Para Ancelotti, o desafio é consolidar a postura de uma equipe que, mesmo sem seu principal jogador e com jovens em desenvolvimento, precisa demonstrar intensidade e determinação em qualquer situação. Desde o ambiente festivo do Mangueirão, em Belém, até a altitude desafiadora de El Alto, a campanha deixa ensinamentos de reconstrução e a reafirmação de que vestir a camisa da Seleção exige mais do que talento: requer constância, mentalidade e compromisso com a tradição.