Cúpula em belém: promessas de investimento climático e transição energética em destaque

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Estadão Conteúdo
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O encerramento da Cúpula dos Líderes, evento preparatório para a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), realizada em Belém, foi palco de intensas negociações em torno do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma iniciativa central para o Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a presença de diversos chefes de Estado para defender que os lucros obtidos com a exploração de petróleo sejam direcionados para impulsionar a transição energética, citando o etanol como um exemplo promissor.

Nos bastidores da Zona Azul, área restrita do evento, os preços de alimentos e bebidas, alvo de críticas no primeiro dia, apresentaram uma leve redução.

O governo da Alemanha anunciou um investimento “considerável” no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, embora o valor exato não tenha sido revelado, gerando certa frustração. Especula-se que o montante possa ultrapassar US$ 3 bilhões, motivado pelo recente anúncio de contribuição da Noruega, no mesmo patamar.

Até o momento, o TFFF já arrecadou US$ 5,5 bilhões. A meta estabelecida é alcançar US$ 25 bilhões provenientes de diferentes governos, sem um prazo definido para atingir esse objetivo.

A Fundação Minderoo, liderada pelo bilionário australiano Andrew Forrest, tornou-se a primeira entidade privada a investir no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, com um aporte de US$ 10 milhões. Esses recursos somam-se aos US$ 5,5 bilhões já comprometidos por Brasil, Noruega, França, Indonésia e Portugal.

Forrest expressou o desejo de que sua doação incentive outras fundações filantrópicas, escritórios familiares e investidores privados a mobilizarem capital adicional, acelerando o objetivo do TFFF de preservar as florestas, tornando-as mais valiosas em pé do que destruídas.

Após manifestar apoio ao início das pesquisas de exploração de petróleo na Margem Equatorial da Foz do Amazonas, o presidente Lula defendeu que parte dos lucros do setor petrolífero seja destinada à transição energética, inclusive com a criação de um fundo específico para esse fim. Em seu discurso, Lula ressaltou a importância de ampliar o uso de fontes renováveis, como o etanol.

O governo tem defendido a ideia de que os recursos provenientes do petróleo são cruciais para financiar a transição energética, o que tem gerado críticas por parte de organizações da sociedade civil. Lula ponderou que esse processo deve ocorrer de forma gradual.

Após a repercussão negativa dos preços elevados de alimentos e bebidas no primeiro dia da Cúpula dos Líderes, um dos estabelecimentos comerciais reduziu seus valores. O refrigerante, por exemplo, passou de R$ 25 para R$ 20, representando uma queda de 20%. O strogonoff e o frango xadrez tiveram seus preços reduzidos de R$ 60 para R$ 45, um recuo de 25%. A lata de água de 350 ml passou a custar R$ 20, ante os R$ 25 anteriores.

O copo de 60 ml de café coado e os chás, no entanto, mantiveram o preço de R$ 18. Foram incorporados doces locais, como as trufas de cupuaçu e de castanha-do-brasil, cada uma custando R$ 15.

Fonte: www.oliberal.com

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