Em Belém, durante a Cúpula de Líderes da COP30, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente enfatizou a importância do Pará na redução das emissões de carbono e o impacto do recém-criado Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). O evento, realizado no Parque da Cidade, marcou o encerramento das atividades preparatórias para a COP30, que ocorrerá em Belém no mês de novembro.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre, lançado no primeiro dia da Cúpula, tem como objetivo estabelecer um mecanismo financeiro duradouro para a conservação das florestas tropicais. A iniciativa, concebida pelo governo brasileiro e com o apoio de 53 nações, foi anunciada com um investimento inicial superior a US$ 5,5 bilhões, tornando-se um dos maiores fundos ambientais do mundo.
A Noruega se comprometeu com a maior contribuição até o momento, destinando US$ 3 bilhões ao longo de dez anos. Brasil e Indonésia prometeram US$ 1 bilhão cada, enquanto a França alocou 400 milhões de euros, com planos de aumentar esse valor para 900 milhões até 2030. Portugal também confirmou uma contribuição de 1 milhão de euros. O Banco Mundial foi nomeado como anfitrião e responsável pelo secretariado interino do fundo.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente salientou que o Pará desempenha um papel fundamental nesse processo, pois, embora tenha sido um dos estados que mais contribuíram para as emissões de carbono devido ao desmatamento, tem demonstrado reduções significativas nos últimos anos. Ele afirmou que a diminuição do desmatamento no estado tem um impacto positivo considerável, uma vez que o desmatamento é responsável por mais de 40% das emissões no Brasil.
A colaboração entre o governo federal e o governo do Pará tem sido essencial para manter a trajetória de queda nas taxas de desmatamento, principalmente em áreas críticas da Amazônia. O engajamento de estados amazônicos como Pará, Amazonas e Rondônia é crucial para alcançar as metas climáticas nacionais e globais.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre almeja uma capitalização total de US$ 125 bilhões, com US$ 25 bilhões em investimentos públicos na fase inicial, com o objetivo de atrair investimentos privados e tornar o fundo autossustentável. Um dos mecanismos propostos é o pagamento de aproximadamente US$ 4 por hectare de floresta preservada, com ajustes anuais pela inflação. Essa remuneração visa transformar a conservação em uma alternativa econômica viável em relação aos modelos de exploração predatória.
Fonte: www.oliberal.com