O presidente Luiz Inácio LULA da Silva visitou, nesta segunda-feira, a Comunidade Quilombola Itacoã-Miri, localizada em Acará, PA, a 120 km de Belém. A visita ocorre em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 30, que será sediada em Belém.
Acompanhado pela ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) e pelo ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), LULA se reuniu com membros da comunidade, em um encontro similar às visitas realizadas no dia anterior na Comunidade Jamaraquá e na Aldeia Vista Alegre do Capixauã.
Durante a visita, o presidente destacou a importância de garantir a preservação da Amazônia e a necessidade de apoio financeiro às comunidades que protegem a floresta. LULA enfatizou que, embora o mundo discuta a Amazônia como um bem comum, ela é território brasileiro e precisa de reconhecimento e suporte global para sua sustentabilidade.
Na ocasião, LULA se comprometeu a expandir e criar medidas para atender às necessidades da comunidade quilombola, incluindo melhorias nas políticas de crédito, assistência técnica e mecanização agrícola. O objetivo, segundo o presidente, é proporcionar dignidade e qualidade de vida para as famílias da região.
A Comunidade Quilombola Itacoã-Miri, titulada em 2003 e reconhecida como território quilombola em 2014, tem apresentado avanços em áreas como educação, saúde e infraestrutura. De acordo com o Censo de 2022 do IBGE, a comunidade é composta por 544 pessoas, distribuídas em 96 famílias. Programas como Minha Casa, Minha Vida e Cheque Moradia foram mencionados como importantes para o desenvolvimento local.
O presidente também conversou com jovens da comunidade, reforçando a importância de valorizar os conhecimentos tradicionais transmitidos ao longo das gerações. Ele expressou orgulho em ver os filhos das famílias quilombolas obtendo diplomas universitários. A comunidade possui uma escola quilombola, um posto de saúde atendido por uma enfermeira quilombola e um centro cultural com projeto de energia sustentável.
A comunidade desenvolve projetos voltados à sustentabilidade, como o Refloresta, iniciado em 2025, que implementa Sistemas Agroflorestais (SAFs) com espécies nativas e agrícolas. O projeto, em parceria com diversas instituições, visa à recuperação ambiental, à geração de renda e à soberania alimentar.
O ministro Paulo Teixeira também garantiu o reconhecimento federal dos territórios quilombolas e o apoio à mecanização da produção local, com foco na implementação de florestas produtivas, como o cultivo de açaí, dendê e cacau, visando gerar renda e agregar valor à produção local.
Eliana Monteiro, moradora da comunidade, expressou expectativas elevadas em relação à COP 30, destacando que o evento representa uma grande oportunidade para a região e para as populações tradicionais.
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Fonte: www.oliberal.com