A morte de Marcello Vitor Carvalho de Araújo, de 24 anos, durante uma operação da Polícia Federal (PF) em Belém, Pará, gerou forte reação de entidades representativas da Polícia Civil do Pará. O incidente ocorreu no bairro do Jurunas, durante o cumprimento de mandados da Operação Eclesiastes.
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-PA) e a Associação dos Delegados do Pará (Adepol-PA) manifestaram-se publicamente, cobrando uma investigação isenta e transparente sobre o caso. A vítima foi morta a tiros dentro do apartamento onde residia com sua mãe, Ana Suellen Carvalho, escrivã da Polícia Civil.
De acordo com a PF, a Operação Eclesiastes investiga crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais. A versão oficial é de que Marcello teria reagido à abordagem policial, tentando desarmar um dos agentes. Familiares, por outro lado, alegam que houve um engano, e que o alvo real da operação seria Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como “Marcelo da Sucata”, que também foi preso no mesmo local.
O vereador de Belém e membro do Sindpol-PA, Pablo Farah, classificou o ocorrido como “inadmissível” e assegurou que a entidade acompanhará o caso de perto. Segundo Farah, a prioridade é garantir a isenção da operação, tendo em vista que a ação resultou na morte do filho de uma policial. Ele questionou a ausência de perícia imediata no local e a não atuação da Divisão de Homicídios, argumentando que o caso seria de competência da Polícia Civil. O vereador enfatizou que abusos e excessos não serão tolerados e que os responsáveis pela morte do jovem devem ser responsabilizados.
A Adepol-PA também expressou solidariedade à escrivã Ana Suellen Carvalho pela perda do filho, desejando conforto e serenidade neste momento de dor.
Diante da controvérsia, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias da morte. O MPF requisitou informações à Superintendência da PF no Pará, ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML).
Fonte: www.oliberal.com