Análises periciais realizadas em garrafas de bebidas alcoólicas apreendidas em São Paulo revelaram que as concentrações de metanol encontradas indicam a adição da substância, descartando a possibilidade de ser um subproduto da destilação natural. A informação foi divulgada pelo Instituto de Criminalística da Polícia Científica do estado.
Até o momento, dois grupos de produtos analisados apresentaram resultados positivos para metanol, com níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação. Os laudos periciais foram encaminhados à Polícia Civil, com o objetivo de fornecer informações cruciais para o avanço das investigações e o esclarecimento dos fatos.
O Instituto de Criminalística destacou que suas equipes estão trabalhando de forma contínua, 24 horas por dia, para realizar as perícias de constatação e análise da concentração nas amostras coletadas. Além disso, estão sendo realizadas análises minuciosas dos rótulos e lacres dos recipientes apreendidos.
Nos últimos dez dias, a operação resultou na apreensão de mais de 20 mil garrafas de bebidas alcoólicas. Adicionalmente, 11 estabelecimentos, entre bares e distribuidoras, foram interditados, e 21 pessoas foram detidas.
De acordo com o governo de São Paulo, as investigações preliminares apontam que não há indícios do envolvimento do crime organizado nos casos detectados. As autoridades também indicaram que os registros parecem não estar relacionados entre si, tratando-se de ocorrências isoladas. A PF apura se metanol abandonado foi usado para adulterar bebidas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br