O governo federal instituiu um comitê com o objetivo de facilitar o planejamento de ações para combater a adulteração de bebidas e, simultaneamente, proteger a indústria. O anúncio foi feito pelo ministro da justiça e segurança pública, ricardo lewandowski, durante um encontro no palácio da justiça, em brasília, que reuniu representantes do governo e do setor privado de bebidas.
O ministro lewandowski enfatizou que a situação representa uma crise tanto de saúde pública quanto econômica. A reunião focou em estratégias para combater a distribuição de produtos adulterados e formalizou a criação do comitê de enfrentamento da crise do metanol.
Segundo a pasta, foram identificados 30 estabelecimentos sob suspeita de comercializar bebidas adulteradas. O estado de são paulo concentra a maior parte desses locais notificados.
Um foco importante das fiscalizações, conforme declarado por ricardo lewandowski, é o setor de fraudes praticadas online, que envolve a venda de lacres, rótulos, tampas e garrafas de bebidas.
A ação coordenada entre o ministério da justiça e segurança pública e os estados busca rastrear a origem do metanol, investigando se ele é derivado de combustíveis fósseis ou de processos de fermentação. De acordo com o ministro lewandowski, nenhuma hipótese foi descartada até o momento.
Participaram da reunião representantes dos ministérios da saúde, da agricultura e pecuária, do desenvolvimento, indústria, comércio e serviços, da agência nacional de vigilância sanitária e da receita federal.
Entre os representantes do setor privado, marcaram presença representantes de duas associações brasileiras de bebidas e uma de combate à falsificação, a confederação nacional da indústria, o fórum nacional contra a pirataria e a ilegalidade, o sindicato nacional da indústria da cerveja e a fábrica diageo, representante da indústria de bebidas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br