A apreensão de armamento de uso militar no Sudeste do país registrou um aumento de 11,4% entre 2019 e 2023, de acordo com um levantamento inédito. Os dados revelam que o número de fuzis, submetralhadoras e metralhadoras apreendidas saltou de 1.494 para 1.665 unidades na região.
Em um universo de mais de sete mil armas recolhidas no Sudeste, o armamento de uso militar passou a representar 4,5% do total, ante 3% anteriormente. Especialistas alertam que, mesmo sendo uma parcela minoritária, qualquer elevação nesse percentual é preocupante, visto que essas armas facilitam ações mais complexas por parte do crime organizado.
O Rio de Janeiro se destaca como o estado com o maior número de apreensões desse tipo de armamento, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. O Espírito Santo, em particular, apresentou um aumento expressivo de 467% nas apreensões, enquanto o Rio de Janeiro registrou um crescimento de 32% no mesmo período.
Especialistas apontam para uma combinação de fatores para explicar esse aumento. A facilidade de acesso no mercado interno, incluindo a produção ilegal, contribui para o cenário.
A sofisticação do crime organizado, com sua infiltração em mercados legais e a internacionalização, também desempenha um papel importante. Essas atividades proporcionam o acesso a recursos para a compra de armamento e a alternativas para o fornecimento dessas armas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
