23ª parada lgbti+ de belém celebra reconhecimento cultural

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Maycon Marte
Maycon Marte

A 23ª edição da Parada do Orgulho LGBTI+ de Belém tomou as ruas neste domingo, reunindo uma multidão para celebrar a recente conquista do reconhecimento do evento como patrimônio cultural imaterial da cidade. A aprovação do projeto de lei pela Câmara Municipal de Belém (CMB) marcou um momento significativo para a comunidade.

A concentração teve início na Avenida Doca de Souza Franco, com o desfile seguindo até a Praça Waldemar Henrique, onde apresentações musicais encerrariam a celebração às 21h. O evento contou com a presença de figuras políticas, incluindo a vereadora Vivi Reis (PSOL), autora do projeto de lei, a vereadora Marinor Brito (PSOL), a secretária de políticas públicas e bem-estar social do estado, Bruna Lorrane, e o presidente da Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa), Jorge Panzera.

Jenverson Garcia, coordenador da Parada, ressaltou a importância do tema escolhido para este ano: “Patrimônio histórico e imaterial da população LGBTI+ na Amazônia”, destacando a longa trajetória de luta e resistência da comunidade. Ele enfatizou que a transformação da Parada em patrimônio cultural facilita a organização do evento, demonstrando sua relevância para a população e para aqueles que reconhecem a história da comunidade.

Apesar da celebração, Garcia expressou o desejo de que, no futuro, a luta por direitos e respeito não seja mais necessária. Ele mencionou polêmicas recentes, como a manifestação de um vereador local nas redes sociais, que alegou que fiscalizaria o evento, descrevendo-o como um “ambiente impróprio para crianças e adolescentes”.

Antes da Parada, foram realizadas ações de cidadania em parceria com entidades públicas, como a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) e o Ministério Público (MP). A organização oficial do evento é do Grupo Homossexual do Pará (GHP).

A artista drag Nandinha Castro, presente nas paradas há dezoito anos, destacou a importância da arte como forma de resistência e luta por direitos iguais. Com uma carreira de mais de vinte anos, ela ressaltou o poder da arte para promover o afeto e combater o preconceito. “Só o fato de nós estarmos aqui três horas da tarde, botando uma peruca e uma roupa apertada nessa caminhada, nós estamos fazendo nossa parte por um amanhã com mais amor e afeto”, afirmou. Ela enfatizou que o movimento continua a lutar para que o mundo se torne um lugar mais respeitoso e com dignidade.

Fonte: www.oliberal.com

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